A Máquina de Joseph Walser, Gonçalo M. Tavares

10-03-2013 11:07

«Não tinha sequer uma pistola, mas eliminara a grande fraqueza da existência, fizera desaparecer a primária fragilidade da espécie: não possuía qualquer inclinação para o amor ou para a amizade! E nesse momento, a caminhar em plena rua, desarmado, observando de cima os seus sapatos castanhos, velhos, sapatos irresponsáveis como troçava Klober, nesse momento Walser sentia-se tão seguro — e, ao mesmo tempo ameaçador — como se avançasse dentro de um tanque pela rua.
Porém, subitamente, deu um salto para o lado. Quase pisara uma massa alta. Era um homem. E estava morto.»

 

 

 

 

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