Crónica, Saudade da Literatura, Manuel António Pina

28-04-2013 08:28

«A modéstia levava-o a (des)considerar as crónicas como uma servidão 0diária que afirmava com humor só aceitar para alimentar a legião de gatos que tinha em casa e que só serviriam, como tudo o que é jornal e como diziam os velhos tipógrafos do Jornal de Notícias num dito que ele tantas vezes citava, para embrulhar peixe no dia seguinte. Ou seja, as crónicas, até pelo seu registo diarístico (jornalístico), não possuiriam nenhum valor literário, seriam feitas como tudo o mais mas mais do que tudo “da matéria da morte e do esquecimento”, anacrónicas fora da sua efémera duração, e como tal constituiriam uma dimensão menor, extraliterária, da sua obra. E no entanto, pelas suas características, essas crónicas fazem plenamente parte, de pleno direito, da obra literária de Manuel António Pina.»(Porta-Livros)

 

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